Segundo uma Pesquisa realizada pelo Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) em várias regiões do Brasil 01 a cada 10 pequenas e Médias Empresas (PMEs), uma declara ter inadimplência superior a 10%, considerando atrasos de pagamentos acima de 90 dias. Esta inadimplência tem maior concentração entre pessoas na faixa etária entre 21 a 40 anos, segundo informações da Pesquisa Nacional sobre Liquidação de Cheques. Dentre os fatores que puxarão o índice para cima estão relacionados ao efeitos econômicos que impactarão a economia pós pandemia Covid-19, dentre eles estão a alta da inflação e dos juros, bem como o encolhimento da economia e do mercado de trabalho.
Para os microempreendedores, os atrasos no pagamento podem reduzir o fluxo de caixa e até forçar o gestor a recorrer a empréstimos, que sabidamente tem taxas bem altas e comprometem seriamente a saúde financeira dos pequenos negócios. Criar estratégias para fugir dessa faixa de risco sem perder vendas requer precaução. Acompanhe a seguir 6 dicas que listamos para te ajudar a diminuir a inadimplência na sua empresa!
1 – Disponibilize opções de pagamento em cartão
Sabemos quem em épocas de vacas magras perder uma venda impacta diretamente no fluxo de caixa dos pequenos negócios, da mesma forma que uma venda mal feita também pode afetar. Para resolver essa questão, é imprescindível ter opções de pagamento que diminuam esses riscos. As maquininhas de cartão são uma excelente opção, além de terceirizar a responsabilidade de cobrança e o risco de inadimplência, você consegue oferecer opções de parcelamento que se encaixam no bolso do seu cliente. Mas lembre-se de levar em consideração no seu preço de venda as taxas de intermediação cobradas pelas operadoras.
2 – Consulte os serviços de análise de crédito
Consultar os serviços de análise de crédito para saber a quantas anda a situação financeira do cliente é ação imprescindível. A consulta, que pode ser realizada através de empresas de proteção ao crédito como Serasa Experian, SPC e outras associações comerciais, revela pendências de pagamentos, protestos e outros problemas de restrição. Com a análise, você estará apto a avaliar as condições de cada cliente que tem uma dívida com seu negócio e determinar as estratégias mais adequadas para fazer a cobrança (será preciso contar com a intermediação da justiça? A situação pode ser resolvida de maneira amigável?). Vale lembrar que as consultas devem ser frequentes, ou seja, mesmo sendo cliente recorrente é indicado verificar o status do cliente antes de cada compra visto que a situação do cliente pode mudar a qualquer momento.
3 – Tenha o histórico do cliente sempre em mãos
Seja por controles manuais feitos em planilhas ou softwares, tenha sempre o histórico de seus clientes em mãos para diferenciar quem sempre pagou corretamente dos maus pagadores. Às vezes, um cliente que “dá calote” não vale a pena ser mantido.
4 – Valorize os bons pagadores
Saber separar o joio do trigo não é útil apenas para fins de controle, mas pode servir também de estímulo para pagamentos antecipados com descontos ou outras formas mais flexíveis de cobrança. Oferecer alternativas para quem realmente teve um problema e não conseguiu cumprir o pagamento na data de vencimento deve fazer parte de sua estratégia.
5 – Implemente um sistema de cobrança eficaz
Dívidas são como bolas de neve. Podem começar pequenas, mas com o passar do tempo acabam se transformando em uma grande avalanche. Para evitar que isso aconteça, tenha um sistema de cobrança eficaz que alerte o inadimplente sobre a dívida logo no primeiro dia de atraso, sempre de forma ética e amigável. Se as cobranças automáticas não funcionarem, logo na primeira semana entre em contato com o cliente, sempre de forma amigável e procure saber o que esta acontecendo. Mas antes de ligar tome ciência do histórico do cliente e pense em possiblidades de renegociação para oferecer ao cliente. É melhor receber em um número maior de parcelas do que levar prejuízo, certo?
6 – Nunca venda sem nota fiscal
Sim, vender sem nota fiscal é ilegal, te expõe ao risco de fiscalização e multas. É o que chamamos de economia burra, pois a empresa “economiza” nos impostos e acaba se expondo a prejuízos muito maiores. Além do fato da prática ser um crime, há ainda outro agravante: sem nota fiscal, o empreendedor fica sem nenhum amparo da lei para lidar judicialmente com o cliente inadimplente, ou seja, você não consegue inclui-lo nos órgãos de proteção ao crédito.
7 – Mantenha as finanças organizadas: a gestão eficaz das contas é fundamental
Além de ser essencial para o sucesso de qualquer negócio, o bom gerenciamento financeiro, mantendo as contas a pagar e a receber com a devida organização, também faz toda a diferença para lidar da melhor maneira com uma situação de inadimplência. Em muitos casos, a desorganização do caixa e da entrada e saída de dinheiro do negócio fazem com que um cliente inadimplente fique “escondido” por algum tempo. Essa situação pode acarretar um grande problema para seu negócio: descobrir somente muito tempo depois, diversos clientes inadimplentes quando já houver um grande prejuízo financeiro. Investir em um sistema de gestão e na Terceirização das Rotinas Financeiras com uma empresa especializada para a administrar as finanças são ações mais que recomendadas!
Vale lembrar que as dicas não zeram a inadimplência, mas diminuem bastante seus riscos. Como diz o ditado popular, prevenir é sempre melhor do que remediar. Minimizar os efeitos que os maus pagadores podem causar deve fazer parte do gerenciamento de riscos de qualquer negócio! E você, já aplica alguma estratégia para reduzir este problema na sua empresa? Compartilhe suas experiências conosco nos comentários!
Até Breve!